24 de jun. de 2009

...mas cada um tem...


Todos conhecemos a teoria de como aprendemos com os erros e de como à custa de situações drásticas somos forçados à mudança… Também todos conhecemos histórias onde está claramente identificada a repetição dos ditos "erros" e os protagonistas quero dizer os repetentes em auto-punição a dizerem; "...eu estava à espera,...eu temia isto... ou, eu já sabia, etc." Pois então porquê… se já sabiam? O que falhou então? O que nos avisou ou que parte de nós à qual não prestámos atenção?
Todos já experimentámos aquela sensação de estar em paz apesar da aparente desordem que nos rodeia ou ao contrário, aquela impressão de fatalidade apesar da calmaria, intuição para uns, ouvir com o coração para outros, feeling etc…
Quando estamos sintonizados, ouvimos e prestamos atenção a todos estes indícios e não há margem para dúvidas nem para a sensação de divisão.

Usualmente sabemos que sabemos e não reconhecemos, desculpem-me o pleonasmo, o nosso emocional sabe e intuitivamente somos alertados para a hipótese de estar a reincidir. Está já provado que quando sofremos uma experiência negativa, dá-se um aumento de actividade celular e esta maior actividade "grava" com precisão a emoção, que a provocou. Se bem que a memória intelectual até possa esquecer e criar distância o mesmo não acontece com a emocional que ao menor sinal de alarme acciona mecanismos de defesa. Ou seja vai fazer o que sempre fez quando se sentia em perigo, defendendo-se com as armas que assimilou.

Tomemos como exemplo os assuntos das relações íntimas e emocionais, onde destacamos o Eu – Ascendente e do Outro – Descendente, como nos conduzimos e o que necessitamos para que nos sintamos completos. Para isso como nos damos amorosamente a 5ª Casa, sem esquecer de como aprendemos e o que deduzimos na infância a 3ª Casa, isto tudo num movimento encadeado.

Ora como está esta 5ª Casa no vosso horóscopo, livre e desimpedida? Ou seja sem aspectos tensos aos planetas lá colocados ou ao seu regente onde quer que ele se encontre?! No caso de estar livre e solta, a expressão amorosa estará facilitada e dar-se ao outro (a) será fácil e natural.

No caso de sentir desafios em se dar ou exprimir amorosamente, sim porque todos nós nos damos mas por vezes como diz a música:

“Eu sei que eu tenho um jeito
Meio estúpido de ser
E de dizer coisas que podem
Magoar e te ofender
Mas cada um tem o seu jeito
Todo próprio de amar
E de se defender”

Usar estratagemas para a expressão amorosa, condicionada muitas vezes por posturas de defesa, algo que assimilámos, instalando-se o receio de mostrar a ternura é um comportamento que poderá e deverá ser alterado no caso de querermos alterar algum padrão repetitivo que nos tenha vindo a condicionar.

12 comentários:

MARCELO DALLA disse...

A memória intelectual se esquece, mas a emocional grava... estava a conversar sobre isso outro dia e aqui vc resumiu muito bem. Estava com saudades de vir te visitar, seus textos são muito bons. bjosss

Ana Cristina disse...

obrigada Marcelo, é sempre muito bom vê-lo por aqui :-)

Maria Paula Ribeiro disse...

Boa tarde Ana,
Este é forte, é...porque se sente mais palavras nos entremeios.
Mas bem-haja. Estava a precisar "ouvir" isso para dissolver aqui um quebra-cabeças, com o "Je". ;) Kiss kiss

Ana Cristina disse...

as entrelinhas Mª Paula :-) dependem também muito dos olhos que as lêem.
Ás vezes o "je" descamba :-)KK

Cristina Paulo disse...

Ana Cristina, tenho andado ás voltas com essa sensação...obrigada, este texto sintetiza e abre muitas portas para outras perspectivas :)
Bjos meus

Ana Cristina disse...

Siala :-) eu é que agradeço o reflexo. Seja-bem-vinda e abraço.

Unknown disse...

Ana Cristina

Hoje a netcabo na minha zona anda aos saltos. Vai e vem. É mesmo para eu dormir, pois tirei estes 3 dias para descansar, pois já começo a acusar o excesso de calor.

'eu já sabia' - toda a vida ouvi isso. já nem ligo.

quanto à casa 5, não é coisa que se apresente a ninguém, :)

Abraço

Ana Cristina disse...

Não é que o serviço da net tem estado uma treta por aqui também António :-) bom descanso.
Abraço

Astrid Annabelle disse...

"Quando estamos sintonizados, ouvimos e prestamos atenção a todos estes indícios e não há margem para dúvidas nem para a sensação de divisão."
Domingo vivenciei isso tudo....
Beijo por mais este texto bonito.
Astrid Annabelle

Ana Cristina disse...

Olá Astrid minha querida, grande abraço. Eu sei aprendemos tanto e por vezes muito depressa.

Magda Moita disse...

Olá Ana Cristina!

Sabes uma coisa? Passo a vida a usar este refrão como exemplo nas minhas consultas. ;)

Beijinhos

Ana Cristina disse...

Magda :-) até podíamos cantar :-)
beijo.