renovação

São vários os caminhos que trouxeram à Astrologia, cada um dos que hoje a estuda. No meu caso a paixão foi despertada quando bem cedo, sempre gostei muito de ler, através de um livro fiquei rendida à Mitologia Grega e daí em diante a simbologia dos arquétipos foi sempre um fascínio. Úrano o planeta foi descoberto a 13 de Março de 1781, estaria então em Gémeos e terá vindo reformar as ideias e o conhecimento. Nessa altura fazia uma oposição a Mercúrio (ideias, mente), bem oportuno já que trazia uma nova e mais alargada dimensão ao que era conhecido e transmitido então. Vivia-se então a fase final do século XVIII e, em Inglaterra falava-se de uma Modernização da Constituição. Dá-se o casamento das sociedades secretas, a Maçonaria e os Illuminati, a busca do conhecimento e da iluminação era o mote. Eu gosto particularmente da simbologia avançada por Richard Tarnas, que compara o mito de Úrano ao de Prometeu (que roubou a luz no Olimpo, acendendo uma tocha no sol para trazer o Fogo para a humanidade), libertando a humanidade pelo conhecimento, se bem que isso lhe tivesse custado a ele um contínuo sacrifício até vir a ser libertado por Chiron. O arquétipo Uraniano fala-nos de libertação, independência, orgulho, superioridade e rebentar com todas as barreiras que o aprisionam, esta é a simbologia do signo que rege Aquário, cujo o regente tradicional é Saturno. Se escrever aqui que Saturno nos sugere, ambição, orgulho, tenacidade e tomar a seu cargo as responsabilidades, não me parece que sejam muito diferentes as necessidades de libertação, a diferença estará nos métodos e na forma como opera. Ambos terão que atravessar a solidão e o sentimento de serem banidos, para virem sozinhos mostrar o seu valor com independência e para beneficio do todo.