22 de out. de 2013

a viagem continua



a maturidade está normalmente ligada aos ciclos de Saturno, se bem que tudo esteja interligado, assim como os restantes ciclos planetários; salvaguardando que não serão os planetas que fazem, mas espelham e na maioria das vezes são mestres na escola do auto-conhecimento. Saturno é a voz da responsabilidade.

Muitos poderão dizer que a maturidade trazida pelos anos é uma chatice, vêm as rugas, os cabelos brancos etc. Mas também pode vir para quem quiser abrir essa porta uma grande calma interior; isto é se já encontrámos o lugar de conforto dentro de nós.

O actual transito de Saturno (em Escorpião), está ou irá fazer ainda uma conjunção ao Neptuno natal de uma larga faixa etária, indivíduos entre os 43 e os 57 anos. Este transito teve inicio em 2012 e prolongasse até 2015, com avanços e recuos (retrogradações) para que o assunto fique resolvido. Aqui ter-se-á que prestar atenção ao grau onde se encontra Neptuno na carta natal.

Neptuno no mapa espelha a nossa fé, a crença, a ilusão, onde nos podemos perder (paraísos artificias), onde podemos ser brilhantes (inspiração). Com Neptuno em Escorpião, uma  geração (nascidos 1956-70). Mais indicações são dadas pela sua posição e Casa que rege.
 Uma geração que conhece o seu lado “negro” da vida, os meandros do ocultismo, trazendo uma carga sexual profunda. Não podemos esquecer o instinto da energia de escorpião que matiza este Neptuno. A fé é intensa. Por isso também a fé no renascimento, a phenix que se eleva sábia.



Ao longo da vida sempre que Saturno em transito desafia Neptuno experimentamos momentos de seriedade, somos confrontados com alguma ilusão que se desfaz. O processo normalmente é duro mas maduro i.e. o que quer que seja que se desfaça, vamos entender ou seria importante que entendêssemos que já não fazia “realmente” parte da nossa vida.

Recordando Saturno em Escorpião, sugere um confronto com o mais profundo, o estudo vai fundo tudo é dissecado. As relações tornam-se, transformam-se não serão mais as mesmas. A fé do que tínhamos e do que podíamos está a ser inspeccionada, o supérfluo descartado. 

As (v)(i)lusões encontram estrutura que as vai sustentar ou não. Um momento de grande verdade pessoal. O que está a ser vasculhado é a essência. O risco é de sair em paz e amadurecido para continuar a viagem.

9 de out. de 2013

Como uma lupa

.... Júpiter, não vou escrever acerca da sua passagem em Câncer mas sim quando este em transito toca um ponto vital do nosso horóscopo. Por vital entenda-se um grau que está natalmente marcado como dinâmico, dois ou mais planetas (conjuntos, em quadratura ou oposição).

Este planetas sugerem que aquelas energias têm que ser integradas, se verificarmos as Casas, regidas pelos planetas interlocutores mais indícios teremos de onde vivemos e temos oportunidade de resolver algum padrão comportamental que nos condiciona.

Voltando a Júpiter, que nos traz sempre a ideia de ampliação, que na carta natal nos sugere como e onde nos vamos sentir recompensados, ampliados. Quando este em transito passa por um desses aspectos dinâmicos também este será aumentado e provavelmente iremos ter oportunidade de vivenciar aquelas energias.

Muitos dos que nasceram com Saturno em Capricórnio (1959/60 e parte de 61) recebem agora a oposição de Júpiter, o que sugere Lei e Ordem, um sinal verde ou de que estamos certos e cheios de razão.

Nestes casos esta passagem de Júpiter, poderá ajudar a trazer à luz velhos padrões, no caso de Saturno natal em aspecto dinâmico com outro planeta;

- Com a Lua - a sugestão de solidão e auto-controle,  poderá ser ampliada mas também será a altura ideal para análise do grau de repressão a que o individuo se condiciona.

- Com Mercúrio amadurecimento, responsabilidade e o peso desta, o lado bom é que poderá ser agora a altura ideal para mostrar aquelas ideias, ou então aprender e entender os condicionamentos a que nos impusemos.

- Com Vénus - supressão de manifestações amorosas, quem "pratica" sabe como acaba por sofrer. Nesta altura poderá atrair para si uma qualquer situação parecerá uma lupa a aumentar o padrão que tão bem conhece. Se assim for a altura é a ideal para perceber porque se continuar a condicionar.

- Com Marte - indecisão, acção e controle, a sensação de "preso à situação" pode ficar mais patente e finalmente entender quantas coisas fizemos contra-vontade e porquê.

Aproveitar esta passagem para ampliar o nosso conhecimento ao contrário de apenas reagir aos receios e condicionamentos com que nos habituámos a conviver.

11 de abr. de 2013

...um dia o véu


Virá a altura em que Neptuno activa pontos cruciais (muitas vezes com uma ajuda de Saturno), dissolve aquele ideal, o que leva a uma dissolução daquele self criado. Egos construídos ao longo da vida que nos foram norteando e protegendo por tanto tempo...aos quais nos apegámos como se da nossa verdadeira essência se tratassem.

O que é real não se desfaz, porque não são os planetas que fazem mas nós, a carta tão simplesmente reflecte o estado... sem bom e mau, valorizações que ficam para serem atribuídas pelos humanos.

As dissoluções reflectidas por um trânsito ou arco solar de Neptuno, são fantasticamente subtis e profundas. Se usualmente podemos sentir a energia de misticismo, algo velada de Neptuno, o que não tem forma. Quando algo se dilui na nossa vida, quase sempre algo que teimámos em manter, algo não alicerçado, sem substância, que não era autêntico e que foi conservado entre véus até que um dia...  o véu cai.
Fossemos nós todos artistas, que aproveitaríamos estes períodos para atingir muitos com a nossa essência, com a nossa Arte, com o nosso Amor. Isto também é Neptuno a capacidade de transcender e partilhar com o todo a nossa mais bela criação.
A posição deste planeta na carta, entre outras indicações sugere muito acerca de onde gostamos de ser necessários, como se almas abnegadas fossemos naquela área de vida.

Estes acordares Neptunianos, dolorosos muitas vezes, desvendam armadilhas egocêntricas retirando do nosso percurso ilusões que nos desviam da essência. Acabando por ser experiências purificantes.

 

9 de abr. de 2013

há 1 ano...



Plutão continua em Capricórnio, arrasando com o estabelecido, não há lugar para remendos mas, para se acertar contas, expurgar e (re)começar com idoneidade.
Uma nova ordem que se perfila, enquanto isso aqui e ali abusos, estes também reflectidos por Plutão em Saturno; o medo da perca que quer controlar pela força.

Nesta fase o lamento não ajuda e pelo contrário atrasa, por palavras e pensamentos agarramos-nos ao passado. Muitas vezes esta mudança, a um nível pessoal vem na forma do que nos parece ser uma perca de status; o emprego que se foi e por isso já não conseguimos SER aquilo que assumíamos ser para os outros. Estão em jogo as cristalizações e segurançazinhas pessoais. O que resta a atitude de cada um.

Em Outubro, Saturno entra em Escorpião, individualmente os planetas da carta pessoal a receberem o contacto desta visita prenunciam as linhas mestras, talvez mesmo recordando os anos de 1983-85. No colectivo a seriedade perante assuntos como a prepotência, sexualidade, dinheiros públicos e morte. De notar que Plutão estará na casa de Capricórnio, acontecendo a mutua recepção ou seja estes dois senhores fortalecem-se um ao outro.

Foi há um ano que escrevi isto, em se tratando de Plutão, não é muito tempo, os movimentos são lentos e profundos. Se de uma forma geral o colectivo os sente, como não poderia deixar de ser se fazemos parte de um todo. Quem tem convivido com este movimento de forma directa e desafiadora (aspectos dinâmicos a planetas pessoais) poderá reflectir o quanto a sua vida mudou, a alteração daquilo que valoriza. O que deixou para trás.

Este periodo de vida, Plutunizado, apresenta-se em estágios diversos, os da prepotência e também de impotência, tanto um como o outro frutos do medo, numa luta pela sobrevivência.

Não tem que ser uma guerra, uma redenção sim, aceitar os erros passados, deixar para trás (pessoas/coisas) aceitar o nascimento do novo.

 

Aproveitar a Lua Nova em Aries para iniciar um Novo Ciclo Pessoal.


1 de abr. de 2013

curtas: retrogradação

Não é impeditivo, um planeta retrogrado (movimento aparente) como sabem, tem a sua simbologia e reflecte muitas vezes quando em transito sobre Luminares, a necessidade de rever... Na carta natal uma outra interpretação.

No caso dos transitos, que é a pergunta que me tem sido feita, uma revisão. Neste momento Saturno está retrogrado, não apenas aqueles que têm o Sol em Escorpião, dependendo dos contactos desafiantes que Saturno fizer, poderão estar a viver períodos de vida em que situações estruturais de vida mereçam um outro olhar, uma revisão. O período é favorável a um exercício interior, assim quando voltar a Directo, já teremos o caso estudado.


17 de jun. de 2012

ou...


mais confusões ou reencontro connosco? O que me apaixona nos arquétipos é a sua dualidade, como a vida, a noite e o dia ou o bom e o mau.

Neptuno neste momento, nos primeiros graus de Peixes, esparrama o seu efeito sobre aqueles em que toca, com ênfase para os signos Peixes, Virgem, Sagitário e Gémeos (planetas entre os 0-7º), sejam eles quais foram os (planetas) pessoais, assim se irá experimentar esta energia e a dualidade que a acompanha. Uma estranha energia (mais acentuada quando o planeta pessoal não conhece a mesma) poderá trazer alguma confusão, o que até ali tinha sentido e não se questionava, deixou de ser ou ter. Voltam-se atenções para o essencial, para além disto...

Neptuno amplia a visão, o sonho, poderá acontecer que esta(e) antes de ampliada necessite acertos. Se para alguns este transito representa um período de incerteza, confusão e dissolução. Outros há que enfim recebem o reconhecimento alargado pelo seu trabalho, produzem a sua masterpiece, têm a oportunidade de se mostrar ao mundo a sua essência.

Em 1989, Saturno - Neptuno cruzaram, ou seja muitos bebés nasceram com esta dualidade nas suas cartas natais, em se tratando de uma conjunção, a incidir directamente sobre um ponto ou planeta pessoais. Têm hoje 23 anos, é uma geração pragmática e ao mesmo tempo sonhadora, aprenderam cedo que os sonhos e o esforço pessoal têm que coexistir, outros haverá que ainda não conseguiram equilibrar esta polaridade. Conheço muitos que conseguiram e dentro da sua juventude demonstram uma maturidade e responsabilidade precoce.

Sem dúvida que a vida é uma estrada cheia de desafios, assim reflecte o mapa pessoal, sem dúvida que alguns destes representam viragens no curso da grande viagem. Podemos antecipar a duração dos troços mais dificeis, podemos antecipar a velocidade, o importante é continuar, confiando nas nossas escolhas.

Quase no final de mês Saturno, volta ao seu curso natal, depois de um longo período de retrogradação, em Balança. Período para muitos caracterizado por avaliações, dúvidas, compromissos a contra-gosto, os possíveis. Áries no lado oposto (acção individual) recebia um sinal vermelho, era forçado a repensar as parcerias. Isto depois de ter tido vislumbres de libertação. Sinais do que devia ser abandonado, do que se preserva por medo....

Os planetas reflectem e nós dicidimos, fazemos ou não...




Interessante que uma vez Directo, Saturno encontra-se com Úrano, o nome do contacto quindecile, sugere uma obsessão no ar, a imposição de regras versus a libertação. Não se procure fora o que está dentro, quando não acabamos somente a olhar para o espelho.




1 de jun. de 2012

GO

Dinâmicas da vida; aquelas situações todas, acontecimentos e sentimentos que nos parecem contraditórios, aquelas oposições, quadraturas e algumas
conjunções que se espelham nas cartas pessoais. Aquilo que nos faz ser assim mas também…, o que nos obriga a lutar, a render e a crescer.

Nesta altura nos céus existe uma quadratura importante; Úrano – Plutão, esta quadratura está reflectida na carta de cada um, para uns mais activa do que para outros, a fricção torna-se protagonista quando em Casas Cardinais ou tocando pontos sensíveis do horóscopo pessoal.

Se com Plutão a transformação (morte) vem de um ajuste de contas com os outros; Plutão Casa 8 – valores dos outros – a nossa perspectiva de poder e
o esforço que fazemos em busca da valorização de outros, a dinâmica do regente desta Casa, (não a auto-estima assuntos da Casa 2).

Agora Plutão em Capricórnio, poderá ser sentido como uma pressão – obrigação – um dever – como se estivesse atado de mãos e pés. Capricórnio tecnocrata,
responsabilidade, antiguidade, estes deveres podem vir em forma de maiores responsabilidades monetárias, aprisionamentos a responsabilidades; profissionais, pessoais ou com mais velhos e que se transformam em restrições pessoais. Deixamos de poder. Sem saída.

Por outro lado temos Úrano, em Áries, que nos exulta à libertação, que nos apela ao novo, que impele ao desapego de todas as grilhetas. Esta dinâmica é forte, fracturante em alguns casos.

A libertação assusta, o medo do novo versus o que conhecemos, bom ou mau conhecemos e o novo não sabemos o que, ou como vai ser. O tomar de decisões torna-se um exercício violento, nós versus a injustiça dos outros que detêm o poder.

As respostas e os caminhos terão que vir de nós, para isso temos que nos equipar da maior das honestidades para connosco, o que somos, o que tememos, o que temos de transformar interiormente para que nos libertemos. Enfrentar a morte e o que tem de morrer para que o novo se instale. Reconhecer o nosso Poder.

Cada um tem o seu tempo, só necessita estar atento e, saber que pode. O tempo dinâmico da dúvida é o tempo certo para aferição, para fazer o balanço, para a tomada de consciência e de responsabilidade própria. Ante GO