Bolhas que dissolvem, luzes que não se vêm...ainda; nestes tempos em que Neptuno e Chiron têm andado de mão dada, tenho meditado, ponderado e, ponderado no trabalho dos dois e naquilo que os diferencia, completando-se.
Neptuno numa das suas faces, no horóscopo simboliza a nossa necessidade da perfeição, do ideal, do inatingível e por isso por vezes consegue atirar-nos para paraísos que nos protegem daquilo que não queremos aceitar na nossa realidade. Escapamos, podemos viver assim dentro de uma bolha protectora, por muito tempo.
A vida é dinâmica, chegará a hora em somos obrigados a enfrentar o quanto daquele ideal é uma criação do ego, algo que teimamos em alimentar não fazendo parte da nossa essência, como se estivéssemos debaixo do efeito de um alucinogéno natural.
Virá a altura em que Neptuno activa pontos cruciais (muitas vezes com uma ajuda de Saturno), dissolve aquele ideal, o que leva a uma dissolução daquele self criado. Egos construídos ao longo da vida que nos foram norteando e protegendo por tanto tempo...aos quais nos apegámos como se da nossa verdadeira essência se tratassem. Depois da incompreensão segue-se o desgosto, da perca, enquanto nasce o novo...ideal.
Uma vez que ao sermos confrontados pela necessidade do desmame daquela droga, com a morte do ideal que nos amparava, somos forçados a olhar a nossa essência nua e crua. Épocas reflectidas no mapa pessoal, por contactos dinâmicos(quadraturas, oposições e conjunções) de Neptuno. Períodos mais ou menos longos com alguns recuos. Recuamos para dentro de nós. Que nos levam a mudanças importantes.
Consoante aonde acontece este fenómeno, em que ponto do mapa pessoal, assim vemos a realidade transformar-se, de dentro para fora. Os efeitos exteriores acabam por ser um mero reflexo do que nos vai na alma.
Com Neptuno tenho que falar de alma, porque tudo começa no nosso intimo.
É o lugar que ocupamos na sociedade, no trabalho (Meio-do-Céu), com repercussões no lar (o mesmo acontecendo no Fundo-do-Céu) que parece perder o sentido, questionamos aonde nos temos focado. O self que se desintegra, por vezes em forma de depressão ou noutras formas de doença física, sentimos-nos perdidos, sem sentido (Ascendente ou o Descendente), os outros não nos vêm como realmente somos.
São alturas da vida solitárias, melancólicas até que o processo esteja realmente completo.
Ao aproximarmos-nos um pouco mais da nossa essência, desprendemos-nos de padrões egocêntricos. Este caminho, é doloroso mas também é criativo, querer passar a correr, arriscamos-nos a não ir tão longe como poderíamos. Estaremos condicionar o novo self que nascerá depois deste período. Li há pouco tempo que são alturas em que deveremos estar preparados para apreciar a beleza da longa noite escura.
Chiron o curador ferido por seu turno,no mapa, sugere o poder de curar os outros, precisamente na área em que padecemos. Quando este activa um planeta pessoal, busca a cura, cansado de sofrer vai a fundo para se libertar. Chiron a pressionar o regente ou um planeta na Casa 7ª (relacionamentos) vai querer resolver as "suas" mágoas lactentes. No caso do Sol, a urgência em resolver aquilo que nos sendo essencial, temos escamoteado.
Agora em conjunto com Neptuno, a necessidade de entender os segredos da alma, de os esquadrinhar, para que se liberte e se retorne ao essencial.
Quem beira os 50entas, tem o chamado retorno de Chiron, à mistura com Neptuno (e que poderão estar simultaneamente a activar um outro ponto crucial do mapa). Caso para dizer, tratamento intensivo.Dissolução e cura.
Esta deverá ser altura em que poderemos curar-nos a nós próprios. Ninguém disse que seria fácil, a fé e a fidelidade à nossa essência, de que algo de melhor e mais autêntico está para nascer, terão que ser os companheiros desta jornada escura e confusa.
Neptuno, depois da dissolução brinda-nos com o amor, o incondicional, por nós próprios e como isso a paixão pela nossa vida, tal como ela é.
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12 de nov. de 2010
22 de fev. de 2010
lembranças
Faz agora quase um ano, Neptuno - Júpiter juntos; a expansão da fé e a crença nos nossos ideais. Olhando para trás para aquela época, não para o que aconteceu dentro de nós já que o momento (muito nosso) e nos terá trazido ideias e crenças que resolvemos então abraçar ou abandonar por não fazerem mais sentido.
Eu diria mesmo que o único diário que vale a pena escrever é o dos nossos pensamentos, dos acontecimentos haverá sempre alguém ou algum registo que nos trará estes à memória.
O que esquecemos ou desvalorizamos muitas vezes, são os acontecimentos internos, aqueles que só nós estávamos e como seres cépticos, receosos e esquecidos acabamos por não lembrar e com isso acabamos por continuar sem que nada se tenha passado, por nada se ter manifestado no plano fisico.
No entanto aqueles que se interessam pela metafisica, qualquer que seja a plataforma de onde partam para estudar energias mais subliminares perscrutam estes meandros em busca de sinais. Até aqueles que simplesmente aceitam que há mais entre o céu e a terra. Mas muito poucos ouvem de verdade os ditos sinais.
Agora dá-se o encontro de Neptuno com Chiron (o curador ferido), a palavra que me ocorre é compaixão, pelos outros Chiron sabe e trabalha em prol de... mas agora por nós também, dependendo da carta natal de cada um, os mesmos que há um ano sentiram os efeitos que referi acima, ou seja com pontos cruciais entre os graus 25º e 27º dos signos Fixos (Touro, Leão, Escorpião e Aquário) têm agora oportunidade para se sentirem invadidos pela compaixão por si próprios com vista à dissolução das feridas antigas.
Relembrando que Chiron nasce da união de Saturno e uma mortal, foi abandonado ao nascer metade homem e metade centauro, o facto de ser metade deus salvou-o da morte se bem que não tenha curado a mágoa do abandono. É também essa metade divina que o salva da morte quando atingido por uma seta envenenada, sendo metade humano a dor não o abandonaria mais, até trocar com Prometeu a sua divindade e abraçar a morte, uma forma de se libertar da dor.
Olhando a simbologia de Chiron agora conjunto com Neptuno uma boa altura para dissolvermos feridas e mágoas pela redenção. Não esquecendo a sua ligação a Saturno, aliás o espirito trabalhador e esforçado herdado e também representado por Chiron que durante toda a sua vida se dedicou a aprender ciências entre as quais as terapias alternativas, há que morrer para ultrapassar mágoas cristalizadas.
Eu diria mesmo que o único diário que vale a pena escrever é o dos nossos pensamentos, dos acontecimentos haverá sempre alguém ou algum registo que nos trará estes à memória.
O que esquecemos ou desvalorizamos muitas vezes, são os acontecimentos internos, aqueles que só nós estávamos e como seres cépticos, receosos e esquecidos acabamos por não lembrar e com isso acabamos por continuar sem que nada se tenha passado, por nada se ter manifestado no plano fisico.
No entanto aqueles que se interessam pela metafisica, qualquer que seja a plataforma de onde partam para estudar energias mais subliminares perscrutam estes meandros em busca de sinais. Até aqueles que simplesmente aceitam que há mais entre o céu e a terra. Mas muito poucos ouvem de verdade os ditos sinais.
Agora dá-se o encontro de Neptuno com Chiron (o curador ferido), a palavra que me ocorre é compaixão, pelos outros Chiron sabe e trabalha em prol de... mas agora por nós também, dependendo da carta natal de cada um, os mesmos que há um ano sentiram os efeitos que referi acima, ou seja com pontos cruciais entre os graus 25º e 27º dos signos Fixos (Touro, Leão, Escorpião e Aquário) têm agora oportunidade para se sentirem invadidos pela compaixão por si próprios com vista à dissolução das feridas antigas.
Relembrando que Chiron nasce da união de Saturno e uma mortal, foi abandonado ao nascer metade homem e metade centauro, o facto de ser metade deus salvou-o da morte se bem que não tenha curado a mágoa do abandono. É também essa metade divina que o salva da morte quando atingido por uma seta envenenada, sendo metade humano a dor não o abandonaria mais, até trocar com Prometeu a sua divindade e abraçar a morte, uma forma de se libertar da dor.
Olhando a simbologia de Chiron agora conjunto com Neptuno uma boa altura para dissolvermos feridas e mágoas pela redenção. Não esquecendo a sua ligação a Saturno, aliás o espirito trabalhador e esforçado herdado e também representado por Chiron que durante toda a sua vida se dedicou a aprender ciências entre as quais as terapias alternativas, há que morrer para ultrapassar mágoas cristalizadas.
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