9 de mai. de 2008

Os bastidores da individualidade



Neptuno, o grande pacificador, prescinde dos sentidos terrenos e redutores como a visão, audição, intuindo o que passa à sua volta, aquele poder de entendimento que transcende as limitações humanas.
Convive com duas dimensões, dualidade característica do signo de Peixes, regido por Neptuno, a casa XII do horóscopo, reduto de difícil entendimento para o hemisfério prioritariamente esquerdo.

Neptuno apela à imaginação e criatividade o que tende a suprimir e confundir, raciocínios típicos de Mercúrio em Virgem, caracterizados pela exactidão e correcção, (a casa VI) das rotinas. Abrindo para o mundo e suplantando as necessidades do ego.

Ao analisar um horóscopo não penso na casa XII, como um palco, a imagem que tenho das restantes casas, imagino a XII como a dos bastidores da individualidade.

No caso de um forte contacto com o Meio-do-Céu, ou do regente deste com Neptuno assim como quando Neptuno é o planeta Oriental (o que procede o Sol no sentido dos ponteiros do relógio), o paradigma Neptuniano terá que ser levado em conta e integrado na vocação e vida profissional.

Neptuno privilegia as comunicações com as massas e indirectas, como o são os meios da TV, rádio e cinema.

Qualquer planeta que resida nesta casa vai absorver a vulnerabilidade proveniente da consciência da efemeridade e responsabilidade isolada. Condicionando e modificando o comportamento natural da expressão simbolizada pelo planeta e signo.

O Sol anseia por reconhecimento e nesta casa de uma forma muda com bastante dificuldade de expressar livremente os seus instintos, a energia característica do signo, tudo fará para ser reconhecido.

A Lua aqui, vai provavelmente sentir-se bem no recato, longe dos holofotes, não querendo dizer que não deseje ser notada mas dificilmente a veremos expor suas necessidades emocionais. Preferindo tratar das dos outros.

Mercúrio nesta casa, a comunicação tende a refinar.

Vénus neste ambiente, sugere alguma timidez e dificuldade de manifestar os seus grandes e idealizados desejos, correndo o risco de uma contínua insatisfação emocional.

Marte confinado neste meio pode querer dizer raiva escondida ou frustração, imaginem um animal mais ou menos feroz, consoante o signo, enjaulado.

Júpiter nesta casa trará uma fé inabalável no Anjo da Guarda.

Saturno por outro lado pode trazer a sensação das dificuldades que nascem debaixo dos pés, sugerindo uma ideia de sofrimento proveniente da repressão que nos é imposta sobre o que ambicionamos, reminiscências da criança reprimida na infância.

Úrano aqui confinado, sugere que a individualidade, aquilo que nos distingue dos demais esteja suprimido, de forma a não criar ondas.

Plutão na casa XII, sugere uma perspectiva de que o mundo não nos entende e o sofrimento do isolamento.

Acontece muitas vezes que que oferecemos ao mundo aquilo que mais carecemos, que o façamos conscientes de que esta foi a nossa escolha.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia Ana!

Estava "passeando" pelo seus artigos na busca de "entendimentos" para o exercício a Escola do António. Encontrei este (entre outros) que meu deu uma visão muito boa.
Permita-me que referencio este seu artigo no exercício?

Seja qual for a resposta, muito obrigado por estes ensinamentos
Beijinhos

Anônimo disse...

Este teclado anda horrível...:(
desculpe.
Sou a maria paula

Ana Cristina disse...

Maria Paula, ainda bem que este lhe foi útil, isso faz-me sentir muito bem. Eu tenho a Lua na casa 12 peregrina, logo necessito de viver no meu mundo e ser respeitada por isso :-).
Boa sorte com o exercício dp vou lá dar uma olhada.

Beijnho