21 de out. de 2008

diálogos internos


Estar inteiro ou estar em sintonia... Há alturas da vida em que não temos dúvidas do que isto significa, uma coisa leva à outra, é tudo tão fácil e natural. Há outras alturas em que procuramos certezas antes de continuar, que alguém nos confirme o que intuímos, aquilo que pressentimos, duvidamos da nossa intuição. Porque nos parece impossível ou porque não queremos que assim seja. Ocasiões em que procuramos que nos digam que o que intuímos não é verdade, em que nos garantam que está tudo bem e mesmo depois disso, não nos sentimos inteiros e em paz. Bem pelo contrário a inquietude silenciosa mina a nossa alma, faz-nos duvidar das confirmações e seguranças que nos chegam do exterior. Também há aquelas outras em que tudo parece ruir à nossa volta, no entanto sentimos-nos em paz, adivinhamos e confiamos no sentido do universo, cultivamos aceitação. Não o conformismo, do baixar de braços da desistência, o oposto; aceitamos viver o que se nos depara de peito aberto, nem que para isso se tenham que enfrentar alguns monstros até ali escondidos. Não viver por medo, é sim boicotar a nossa individualidade, atrasar a nossa evolução, não viver aquilo que é nosso e nos foi franqueado e com isso albergar , fomentar a divisão no nosso intimo.
Astrologicamente acompanhamos facilmente estas fases de divergência, sabemos o que está em jogo, olhar a carta astrológica tem a faculdade de devolver o espelho do que nos está a ser pedido, a resposta está dentro de nós, haja coragem para a aceitar. Hoje agradeço as oportunidades que me foram dadas mesmo aquelas que deixei de viver.

6 comentários:

Maria Paula Ribeiro disse...

Bom dia Ana,

"Não viver por medo, é sim boicotar a nossa individualidade, atrasar a nossa evolução, não viver aquilo que é nosso e nos foi franqueado e com isso albergar , fomentar a divisão no nosso intimo."... aqui está o osso de roer...

Mas as vezes também é "bom" sentirmos esse medo para ganharmos segurança interior, antes de dar o passo. :(

Este artigo é daqueles que se lê e se vai embora ainda a pensar nele... gostei.

:) jinho

Ana Cristina disse...

MP se o medo lhe trás a noção de responsabilidade, fantástico, se a impede de seguir o seu caminho...nem tanto. Por isso é preciso aprender a escutar a nossa vozinha, para perceber de onde vem mesmo a advertência.
Abraço e sempre grata pela visitinha:-), não vejo o dia de ter aqui um cházinho disponível.

Anônimo disse...

Boa tarde Ana está tudo bem contigo?Este texto encaixa que nem uma luva no meu corpo neste momento.Gostei muito de o ler como sempre gosto de ler os seus posts.Beijinhos.

Ana Cristina disse...

Maria de Fátima, que bom que este foi apropriado para o momento :-) e muito obrigada pelas palavras de incentivo. Abraços e votos de diálogos produtivos.

Teresa Marcelino disse...

Boas Ana,
O medo é o parente mais próximo da insegurança e os dois juntos são danados para a auto-estima!
"Astrologicamente acompanhamos facilmente estas fases de divergência, sabemos o que está em jogo, olhar a carta astrológica tem a faculdade de devolver o espelho do que nos está a ser pedido" e isto é o que me faz ainda ter ilusões de um dia saber Astrologia. ;)
Beijinhos

Ana Cristina disse...

Teresa, ilusões de um dia saber astrologia...temos todos :-) é só uma questão de nível. Beijinho