4 de mai. de 2009

everydayness


A vulgarmente chamada de Casa de serviço, a das rotinas, por isso a do dia-a-dia que também já foi denominada de a Casa da escravidão. Talvez porque o trabalho e os afazeres diários na antiguidade era vistos como tarefas de escravos, numa época em que inclusive o acto de vestir nas classes privilegiadas, era feito por terceiros, os lacaios. Os tempos mudaram e a escravidão foi abolida, hoje independentemente do nicho social os indivíduos vestem-se sozinhos e o trabalho passou a ser visto como uma forma de interagir com mundo. Se bem que ainda exista quem se possa sentir escravo, as grilhetas que aprisionam são outras e muitas vezes criadas pelo próprio, ao reprimir o seu Eu ou ao não se dar livremente por medo ou insegurança, vejam como esta Casa, é a 5ª Casa derivada a contar da 2ª a Casa da auto-estima. A dificuldade de darmos o que não temos.

Eu olho para esta Casa como a da cooperação, como o palco onde actuamos no dia-a-dia em relação ás tarefas quotidianas, (arrumar, participar, comer, fazer, cooperar, trabalhar...) com mais ou menos disciplina, com mais ou menos espinhos, abertura, à-vontade, assertivamente, etc, etc. Não a considerando a Casa da saúde, poderá ser tida em conta no que toca aos hábitos e já se sabe que são algumas das indulgências alimentares e não só que levam a estados de confinamento pela doença, a ver na 12ª Casa oposta, como um espelho.
Sempre que vejo perfilar-se um trânsito maior a planetas ali colocados ou ao seu regente, alerto para uma futura mudança nas rotinas, uma alteração naquilo a que chamamos de a nossa vida e, os motivos desta alteração podem ser inúmeros desde o acidente, à mudança de casa ou emprego, núcleo familiar etc.

No perfil vocacional, esta Casa é importante e muitas vezes o fiel da balança, reparem como a 10ª Casa a da profissão e reputação é a 6ª derivada desta onde trabalhamos para a projecção pública. Sendo a última Casa do hemisfério Norte, quando o individuo se prepara para entrar no mundo dos outros, como se a pessoa se investisse de uma responsabilidade pessoal perante o colectivo, dona de uma consciência social e do seu papel de servir a sociedade de forma prática e correcta. Aqui servir desprovido de conotações mas como sinónimo de ser útil e/ou de ter préstimo. O trabalho torna-se no sentido de vida e da vocação, o chamado que entretanto adquiriu conotações religiosas. Como venho referindo acerca das restantes Casas, não será necessário que esta Casa tenha planetas para se manifeste.
Lech Walesa não tinha nenhum planeta na 6ª Casa, esta regida por Úrano que fazendo um aspecto dinâmico (quadratura) a Vénus, regente do MC, fez dos ideais inovadores e humanitários o seu mote de vida.

The thing that lies at the foundation of positive change, the way I see it, is service to a fellow human being.
Lech Walesa

10 comentários:

Maria Paula Ribeiro disse...

Olá Ana!

Este post encheu-me o peito!!!!!!!!!!
Lindo!

Sou uma Workalcoolic, mas não escrava! Trabalho com gosto! e o meu MC irá prová-lo, assim o espero! ;)

Beijo e boa semana!

Ana Cristina disse...

é sempre bom termos brio nas nossas capacidades Maria Paula, o que nos leva à prática e à partilha :-)daquilo que temos orgulho de ser Beijo, idem :-)

Magda Moita disse...

Olá minhas meninas!

Adorei o post Ana Cristina, porém a propósito do comentário da Maria Paula, fiquei a pensar, também eu sou uma workalcoolic mas as vezes sinto-me um pouco escrava... será por Saturno morar nesta minha casa?!? ;)

Beijos

PS: Ana Cristina fiquei com pena de não te encontrar em Peniche. Bjs

Ana Cristina disse...

aha Magda, os deveres e as responsabilidades do trabalho a escravizarem-nos, bem aproposito da influência. Obrigada pelo comentário e exemplo ao vivo e a cores.
Tive pena de não ir a Peniche, foi um fim-de-semana de reuniões sucessivas e intermináveis comigo :-)

Beijo

Unknown disse...

quando fazemos com prazer e objectivos definidos, a escravidão vai-se e sou igualmente um viciado em trabalho

Ana Cristina disse...

Como é que um moderno como vc poderia ser escravo...? coisas do passado :-)

Hanah disse...

Olá Ana,
é sempre linda aula passar por aqui.

sempre que leio, vou dar uma olhadela no meu mapa e as vezes buscar assuntos no passado, que de alguma forma marcaram...

Tenho minha casa 6 em Sagitário e meu Jupiter está na 2ª.
Fui ver as 2 últimas mudanças de casa que fiz, por datas e meu Jupiter estava transitando pela casa 6.(cidade e estado).Só sei dizer que ando louquinha, ás voltas com tudo isso, porque a minha cauda do dragão está bem ai.


Vou voltar aqui, ler e reler este post...

bjos

Ana Cristina disse...

Hanah :-) obrigada. Não necessita tirar o Júpiter de casa :-) mas quando ele passa na 6ª Casa aumenta o ritmo do dia-a-dia e os afazeres.

Beijo

Christiane Forcinito Ashlay Silva de Oliveira disse...

Ana

Eu não sou Workalcoolic... Mas quando amo o que eu faço, nossa eu me dedico tanto, mas tanto! Eu preciso ter paixão no que faço, digo saber que é lá onde vou brilhar senão não consigo me dedicar...

Minha casa 6 está em leão e o regente da 6 está na 10 em conjunção com júpiter, nodo norte e mercúrio... todos fazem quadratura com urano em libra na 8

E só mercúrio faz trígono com a lua taurina na 2 que á cuspide em áries.

Minha casa 12 é em aquário... sem nenhum planeta lá... regente está na 8 como disse acima,urano na 8 e ainda faz trígono com satuno na 3em gêmeos...

hahahaha..fiquei confusa...

Chris :)

Ana Cristina disse...

ahaha Chris eu também, por partes; Com o Sol conj a Júpiter as necessidades do Sol, de reconhecimento estão aumentadas :-) e ainda mais agitados por Úrano, o espírito é rebelde é revolucionário, talvez um pouco impulsiva o que pode amedrontar os colegas de trabalho :-)