amor e fé incondicionalmente

Se tivesse que escrever este titulo com símbolos astrológicos, iria usar os símbolos de Neptuno e o de Júpiter, o amor que transcende a troca física aquele que ama sem restrições e a fé que move montanhas, curando tudo e todos. Neptuno cuja energia dissolve o que toca e por isso também nos confunde, o arquétipo de Neptuno transporta-nos para valores colectivos de partilha portanto deixamos para trás egocentricidades, fala-nos do entendimento do intangível, dos ideais maiores que o homem. Por sua vez o de Júpiter relembra-nos a justiça dos deuses, a fé, a mente abstracta e visionária, a filosofia. Estes dois juntos sugerem espiritualidade, religiosidade e o auto-sacrifício por uma causa maior.
Volto a reflectir sobre este par já que a nível astrológico, um dos pontos quentes deste ano é esta conjunção que se está neste momento a formar, estará exacta a 27 de Maio aos 26º de Aquário sendo a 1ª de três, a 2ª a 10 Julho e 3ª a 21 de Dezembro, estas duas últimas a 24º de Aquário. Chiron também estará envolvido, pelo que há alguma expectativa perante o que transpirará depois desta passagem. Já se sabe que a nível individual, os que tiverem planetas nos signos fixos nestes graus, poderão sentir mais do que os outros. A última vez que Júpiter e Neptuno se juntaram foi em 1945, em Balança, foi o ano em que findou a II guerra mundial.

Se ponderarmos nos arquétipos e alargando a perspectiva tivermos em mente Plutão que desde a sua entrada em Capricórnio temos observado o colapso de estruturas obsoletas e podres, de modos de vida opulentos, sugerindo a necessidade de que se adopte uma postura mais realista e contida. O mundo parece oscilar entre extremos de um lado a necessidade de confiar e acreditar sem vacilar numa ordem universal e do outro a destruição total que obriga a um recomeço do nada. Há que escolher o lado nesta fase universal existencialista; desistir ou arregaçar as mangas, já que remendar não parece ser uma opção.

Continuando, notamos Úrano e já se sabe por onde ele passa a mudanças perfilam-se e a pessoa terá que sair da sua zona de conforto, a órbita deste planeta assim como a dos anteriores é lenta, por isso os resultados têm o seu tempo de evolução, o tempo certo no alinhamento inteligente. É em Junho do próximo ano chega Úrano ao Ponto Cardinal, depois de Plutão ter já de lá ter saído, os planetas neste ponto estão no seu zénite, têm que aparecer, digamos que os seus arquétipos estão no expoente máximo. Por isso depois da destruição temos a inovação e não será por acaso que nesta altura Saturno também estará no Ponto Cardinal, uma quadratura que poderá ser sentida pela necessidade de equilibrar o convencional e o novo, novas desenvolvimentos e liberdades. É verdade o mundo está em mudança e há que pensar que nós somos parte integrante deste mundo e da sua evolução.

foto by izzy