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A mais recente iniciativa do António Rosa com estas entrevistas, fez-me pensar num artigo que publiquei há algum tempo, New Speakers' Corner e este na altura aconteceu depois de ter lido uma noticia no NY Times, que numa outra óptica referia o que o público em geral gostava de ler num blogue e o que de novo trazia esta nova ferramenta para comunicação. Depois de revisitar aquele escrito, não lhe retiro nada, só acrescento.
Eu tenho o prazer de conhecer as cartas astrológicas de todos os envolvidos até à data; é fantástico ver com o planeta Úrano está destacado nos horóscopos dos entrevistados, incluindo o entrevistador. Por destacado entende-se; a reger um Ângulo, a abraçar um dos braços da Cruz
Cardinal, no Ponto Cardinal, a reger a Casa 3 e ou a ser protagonista de um aspecto dominante do mapa. Um ou mais destes padrões estão presentes nas cartas. Evidentemente que em se tratando de comunicação, não podia deixar de olhar Mercúrio, a Casa 3ª e suas nuances; quando não estaria a tentar criar regras rígidas que obrigassem a pessoa a se inserir num grupo com uma determinada formatação que a obrigasse a adoptar um comportamento igual a todos os que lá se encontram. Felizmente não é assim, por isso o estudo dos mapas individuais nunca é rotineiro ou linear e oferece sempre novidade e, se usarmos a regras como bases e não muros intransponíveis, ampliamos perspectivas e surpreendemos-nos e aprendemos com a vida que cada um dá ao seu aspecto. Assim como o ser humano é fascinante, todos temos os mesmos órgãos mas a expressão, a forma como pensamos e o que gostamos diverge como nos horóscopos todos temos os mesmos planetas mas estes vêm programados para se manifestarem individualmente, só que alguns de nós se arriscam a isto mais do que outros. Nos blogues que o António escolheu todos diferentes e todos usam a mesma ferramenta, pertencem a pessoas completamente diferentes geograficamente, culturalmente etc e algumas partilham posições planetárias idênticas. Não nos tornando iguais é provável que nos tenha aproximado pelas diferenças e pela paixão comum que é a linguagem astrológica.

I use the term "individuation" to denote the process by which a person becomes a psychological "in-dividual," that is, a separate, indivisible unity or "whole".
Carl G. Jung