aceitação, aceitação do que somos, aceitação das nossas necessidades, aceitação daquilo que não gostamos em nós. Depois do período de expiação eis que se refila o verdadeiro eu, sem camuflagens e sem preocupações em agir de acordo com que pensava ser o esperado de si. O cansaço de dar vida a um personagem que usa toda a energia e nos deixa esgotados sem tempo para nós. Aquele personagem que se tem usado para se apresentar no nosso melhor, nos defende e torna queridos pelos outros.
Todos conhecemos alguma parte desse ser que nos habita, nem todos nos predispomos a olhá-lo na integra, para que isso aconteça teremos que deixar cair por terra os muros que nos protegiam, as bandeiras que nos glorificavam, a estrutura que nos apoiava, o chão que nos sustentava até ali. Temos que aceitar que existem batalhas em que somos os vencidos, temos que aceitar que nem todos os sonhos se realizam, estes também estavam manietados pelo personagem que criámos, não eram verdadeiramente nossos. Aceitar que o que considerávamos a nossa realidade provavelmente não era tão nossa assim não é fácil já que fica espaço para a dúvida para o desconhecido, para o medo. Até aceitarmos o novo e descobrir que as nossas necessidades são outras, por força das defesas e dos padrões de comportamento adoptados andámos a satisfazer as do outro, atraímos pessoas e situações que nos magoam e desiludem. Escamoteamos a nossa verdade e aceitámos aquilo que os outros viam em nós, vivemos relações erróneas, não nos amámos mas queríamos ser amados.
No horóscopo, o eixo das Casas 2-8, a auto-valorização versus o valor que perspectivamos através do outros; está este em guerra? (as condições dos planetas que as regem no mapa natal), como aceitamos as criticas e os elogios? Sentimos-nos injustiçados? Desconfortáveis? Não merecedores?
Na Casa 8, o individuo depois de deixar o hemisfério do Fundo do Céu deverá misturar-se e trabalhar no e com o colectivo. Não deverá ser uma luta de poderes mas sim uma aceitação e união de forças. Não nós conta os outros mas sim pelos outros e eles por nós.
A Casa 1ª o Ascendente, a do ego, será a 6ª Casa derivada da da transformação (a 8ª). Sendo a 6ª casa a das rotinas e da cooperação, como lidamos com os outros como gerimos o nosso eu, como nos projectamos para o outro.
Como se encontra o regente do nosso Ascendente? Em stress? Quais as áreas de vida onde se vai viver a dinamica sugerida? O que não aceitamos em nós? O que não ousamos porque receamos a perca? Seja esta de status, amor ou qualquer outra que venha contra à prespectiva que temos alimentado.
Olhando os ciclos de vida como uma espiral de evolução, alturas há em que temos oportunidade de transformar a nossa vida, de nos rendermos a nós mesmos e de aceitarmos aquilo que nos pertence. Alturas em que não há enganos, há trabalho, esforço, recompensa e sabedoria, encontramos o sentido de vida que nos parecia até então difuso . Sabemos o que temos de fazer a seguir, não temos que provar, temos que viver e apreciar cada momento, este que nos leva ao outro numa sucessão de momentos nossos.
15 comentários:
Excelência absoluta.
«Sabemos o que temos de fazer a seguir, não temos que provar, temos que viver e apreciar cada momento, este que nos leva ao outro numa sucessão de momentos nossos. »
Até logo.
Ana,
Um magnífico post! Muito profundo e provocador!
Um trânsito de Urano pela Primeira e fazendo trígono com o regente do Ascendente (no meu caso, com meu Netuno retrógrado) é período de grande transformação do Ego e de nossas máscaras. "Quem sou eu?", apenas sei que não sou aquele que era...
E se Netuno em trânsito enquadra o Netuno natal regente do Ascendente, as coisas ficam bem embaçadas e as respostas só vem depois que a neblina dispersa.
Abraços
Excelente!!!
O último paragrafo era mesmo o que eu precisava de ouvir neste instante!!!
grata pela tua sabedoria!!!
bjs de luz!!
Marta
Obrigada António, até logo :)
Sandro, tem alturas que temos que relaxar e ir com passos pequenos, para não nos perdermos na neblina. Grata :)
Marta, fico muito feliz, obrigada.
Beijos
Ana Cristina,
Acabei de ler e tenho que te dizer quanto gostei... gostei das palavras, do sentido que (me) fazem...
1 gr beijinho
Julieta
Ana
Não gosto do que vejo e acabei com a minha vida... Não sei o que virá depois e as previsões que tenho são só desgraças...
Não suporto mais.
Ana,
Agradecida pela resposta do post anterior,
E este de uma enorme sabedoria e ajuda...independente de quais signos estejam ali.
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Ana, desculpe a pergunta
(Meio eixo 2/8 é interceptado....)nunca sei se devo ler os signos dentro da casa que seria a priori ((leão ~ aquário)), ou cancer/capricornio.
Essas questões ficam em diminuto pela interceptação pelos signos interceptados ou estas questões são para a medida dos signos que estão aparecendo nas cuspides.... cancer/capricornio.
grata pela sua atenção
Blesses
Julieta, muito honrada.
Beijinho grande.
Chris, as previsões são isso mesmo, vc é que as pode fazer ou mudar...os momentos maus são como os outros passageiros e para crescermos. Fé amiga.
Hanah, comece por olhar os que estão na cuspe, como os guardiões das casas :), os transitos aí vão demorar mais tempo. Numa 2ª fase olha os regentes do 2º signo e/ou plantas lá residentes.
Grata.
Ana,
Posso fazer uma revisão ? ;(
A olho nu,... olho para meu mapa esta lá o eixo casa 2 leão, mais na verdade ele "não existe", o que existe é Cancer como casa 2. Cancer/Caprica são os guadiôes?
Gemeos na 12/1 asc.
Fico pensando nessa ambivalência que essa interceptação me traz, já li e reli, varias vezes sobre interceptações, não consigo entende-las.
bjos
Hanah, ambivalência é bem próprio de Gémeos. Se bem entendi, diz ter Leão na cuspe da 2ª; valerá a pena ver a condições em que o Sol se encontra na sua carta, se o sente mudo, estará lá espelhado.
Abraço
Grata Ana
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