22 de fev. de 2010

lembranças

Faz agora quase um ano, Neptuno - Júpiter juntos; a expansão da fé e a crença nos nossos ideais. Olhando para trás para aquela época, não para o que aconteceu dentro de nós já que o momento (muito nosso) e nos terá trazido ideias e crenças que resolvemos então abraçar ou abandonar por não fazerem mais sentido.
Eu diria mesmo que o único diário que vale a pena escrever é o dos nossos pensamentos, dos acontecimentos haverá sempre alguém ou algum registo que nos trará estes à memória.
O que esquecemos ou desvalorizamos muitas vezes, são os acontecimentos internos, aqueles que só nós estávamos e como seres cépticos, receosos e esquecidos acabamos por não lembrar e com isso acabamos por continuar sem que nada se tenha passado, por nada se ter manifestado no plano fisico.

No entanto aqueles que se interessam pela metafisica, qualquer que seja a plataforma de onde partam para estudar energias mais subliminares perscrutam estes meandros em busca de sinais. Até aqueles que simplesmente aceitam que há mais entre o céu e a terra. Mas muito poucos ouvem de verdade os ditos sinais.

Agora dá-se o encontro de Neptuno com Chiron (o curador ferido), a palavra que me ocorre é compaixão, pelos outros Chiron sabe e trabalha em prol de... mas agora por nós também, dependendo da carta natal de cada um, os mesmos que há um ano sentiram os efeitos que referi acima, ou seja com pontos cruciais entre os graus 25º e 27º dos signos Fixos (Touro, Leão, Escorpião e Aquário) têm agora oportunidade para se sentirem invadidos pela compaixão por si próprios com vista à dissolução das feridas antigas.

Relembrando que Chiron nasce da união de Saturno e uma mortal, foi abandonado ao nascer metade homem e metade centauro, o facto de ser metade deus salvou-o da morte se bem que não tenha curado a mágoa do abandono. É também essa metade divina que o salva da morte quando atingido por uma seta envenenada, sendo metade humano a dor não o abandonaria mais, até trocar com Prometeu a sua divindade e abraçar a morte, uma forma de se libertar da dor.
Olhando a simbologia de Chiron agora conjunto com Neptuno uma boa altura para dissolvermos feridas e mágoas pela redenção.  Não esquecendo a sua ligação a Saturno, aliás o espirito trabalhador e esforçado herdado e também representado por Chiron que durante toda a sua vida se dedicou a aprender ciências entre as quais as terapias alternativas, há que morrer para ultrapassar mágoas cristalizadas.

8 comentários:

Sandro69 disse...

Ana,

Um post muito importante para mim. Quíron e Netuno em trânsito pela minha Décima Segunda Casa fazem quadratura ao meu Netuno natal retrógrado, regente do meu Asc.

Tenho andado por esses dias a me perguntar por esse trânsito de Quíron (e o meu Quíron natal devido aos posts do Antônio Rosa). Ele está tocando um ponto deveras importante de meu mapa.

Abraços.

Ana Cristina disse...

:)rever ideais Sandro, um dia destes é vc que nos explica a viagem redentora :)
Abraço

Unknown disse...

brilliant article Ana!!!

I love that you added Chiron to the Jupiter-Neptune mix - as an wise Chinese philosopher Lin Yutang said, "We lie midway between nothing and infinity and cry in despair that our finite minds can never penetrate the infinite."

Love & Light
Karen

Ana Cristina disse...

Karen, thank you very much for your words of prize, I just loved the the quotation from Lin Yutang that you brought, describes perfectly Chiron, I'm sure I'll pass it along.
Love
AC

Unknown disse...

Ana Cristina,

Um texto notável e uma síntese exemplar: compaixão.

Se me permite, acrescentaria uma pitadinha mais.

Se o Quíron natal estiver a ser contactado pelo mesmo planet em trânsito, atrevo-me a sugerir isto:

- se numa das duas primeiras quadraturas ou em oposição, a 'compaixão' é exercida ainda em fase de aprendizagem do diálogo com a alma.

- se em retorno, essa 'compaixão' é associada à 'sabedoria' e ao 'estar pronto/a' para ser 'professor', para 'ensinar'.

Então, irá ensinar usando a compaixão pela experiência adquirida, quando o sufoco não passava disso, de algo que explodia por outros lados (indicados pelo mapa). Irá ensinar porque chegou a hora de passar aos outros a mestria interior, seja ela qual for.

Irá ensinar o que tiver que ser e que o mapa vocacional da pessoa encaminhe.

Fantástico artigo, o seu.

Abraço e beijo.

Ana Cristina disse...

Muito grata António, pelo comentário e o adicional, afinal vc é o expert no que toca a este "Asteróide" :)

Abraço

Sandro69 disse...

Sim,

Ana, estou revendo meus ideais e tenho andado sem horizontes, sem bandeiras, sem utopias...

A redenção não sei como será ou como virá, apenas sei que estou mudando muito, ficando menos inocente e ingênuo quanto a certas utopias e idealismos... Um certo ceticismo me acalenta ultimamente.

Abraços

Ana Cristina disse...

Sandro, espirais que nos inspiram e confundem...depois virá a clareza. Obrigada. Abraço