3 de fev. de 2010

rescue

não estou a falar do Floral, se bem que este por vezes seja uma enorme ajuda para as crises de vida em que tudo está ao rubro, a intensidade que nos suplanta, acabamos por esbanjar energias que se disponibilizam pelas necessidades (intensificadas) que sentimos nessa altura.
Nestes períodos de vida em que acontecimentos, pessoas, situações nos acordam para confrontos internos, a nossa perspectiva de vida irá ser posta à prova,  enfrentamos uma face própria e mais oculta até ali, enfrentamos situações do passado que se mantinham num estado de hibernação ou acertamos contas que nos obrigam a fazer um balanço de todos os nossos recursos; sentimentos, valores morais, sociais e monetários.
De alguma forma os acontecimentos colocam-nos na posição de termos que ser nós perante os outros, muitos espelhos nos rodeiam e julgamentos de como conduzimos a nossa vida, como resolvemos, de quem somos e de como emergimos depois de ter descido aos subterrâneos, a nossas catacumbas.

Haverá quem já tem reconhecido do planeta que falo, Plutão cujo o exercício de intensificação, devastação e mudança, quando em transito indiciam períodos de vida que levarão cerca de 2 a dois e meio anos. Durante este longo período oscilamos entre as nossas necessidades e aquilo que temos ou deixámos de ter, desejamos mudar e somos confrontados com a responsabilização da nossa conduta, tememos a perca, queremos saber se o exercício nos transforma para melhor ou se nos aniquila. Não há meio termo nem atalhos.
Apelamos por socorro quanto mais perto nos sentimos do fundo do poço, a escuridão e o medo que toma conta e de que queremos ser salvos, resgatados, sentimos-nos no limite das forças. Estamos no trilho do desapego, tantas vezes falado por mestres.

Aqui a grande dificuldade é continuar, paralisados pelo terror, queremos por-nos a salvo com os recursos que conhecemos, escamotear as próprias necessidades agarrando-nos à perspectiva que até ali nos tem conduzido, tentamos uma fuga rápida para o deixa tudo como estava. Assim vamos-nos debatendo sem sucesso, murros em pontas de faca. O que é uma forma de lutar contra a alquimia que se perfila, conta nós próprios e da morte que leva à transformação.

Desesperamos-nos, confundimos-nos, sentimos-nos impotentes, até o dia em que acordamos e que sabemos que já não somos os mesmos e que o que antes era já não é. De repente aquele nascer do sol é diferente de todos os outros e faz-nos sentir maravilhados e privilegiados só por o estarmos a ver.
A escuridão e a dor purificaram-nos e salvaram-nos de nós próprios.

13 comentários:

Christiane Foricnito disse...

Você descreveu minha atual situação... Cheguei a chorar...

Você conseguiu descrever até as situações que estou vivendo...

Meu Deus... Como isso é difícil...

Estou vivendo Plutão quadratura com PLutão natal... Plutão natal está em quadratura com meu vênus natal...

Não, vcs não imaginam a dor...

Christiane Foricnito disse...

http://autoconhecimentoeastrologia.blogspot.com/2010/02/rescue-e-meu-momento-atual.html

Eu o reproduzi. Está perfeito. Lógicamente citei a fonte.

Beijo.

Ana Cristina disse...

Chris, muita calma nesta hora, entendo-a e o meu coração está consigo.

Abraço forte e grata pela corroboração e referência.

Unknown disse...

Ana Cristina,

Foi uma visão de partes prolongadas da minha vida. Compreendo e sinto bem este texto. Beijos.

Ana Cristina disse...

Obrigada António e depois é lindo quando enfim saímos :)

Abraço

alexia disse...

Esse danado desse Plutão é assim mesmo, e como é bom acordar depois da revolução................

Ana Cristina disse...

:) Grata Alexia, pela visita e comentário.

astrovidas disse...

Olá Ana Cristina, o trabalho de Plitão á mesmo assim, muito bem descrito por si.

O meu Jupiter em trãnsito está chamando por meu Plutão, na linha de terra, opsto ao meu Plutão Natal.

Bem haja. Abraço Gramde

Ana Cristina disse...

Obrigada Rui :) e uma boa viagem para si, aproveite o poder expandido.

Abraço

Anônimo disse...

Ana cristina,

este texto descreve na perfeição o que estou a passar nestas últimas semanas. Nunca pensei que fosse assim tão intenso.

Beijinhos

Ana Cristina disse...

Joana, calculo, se não fosse assim, não seria tão importante e transformador :)
beijo grande

Maria Paula Ribeiro disse...

Bom dia Ana,

Bem hajas! ;)
Beijo

Ana Cristina disse...

Beijo MP :)