11 de mai. de 2009

eufemismo(s)


fazer amor, uma expressão que oiço de vez em quando e me faz sempre (so)rrir; longe vai o tempo em que hesitava na hora de a usar, há medida que fui pensando, vivendo, experimentando deixei de ter dúvidas e não a uso a como um eufemismo para falar de sexo. Sexo não é pecaminoso, quem o pensa poderá ser e o amor não se faz dá-se e, se eu estiver a dar um abraço por sinto amor estou a fazer amor! Independentemente do género e idade, já que o amor acontece de várias formas. Adiante, somos crescidos e seres sexuais, pensamos em, imaginamos e praticamos. Quem não o faz ou não sente desejo de, terá que considerar que uma importante parte energética está bloqueada e sobre isso reflectir, o porquê essa supressão de algo intrínseco à condição humana, o porquê da negação e para onde está canalizada aquela energia.

Quando num horóscopo procuramos indicações sobre o perfil sexual, olhamos para a 5ª Casa a da expressão amorosa, para a 8ª Casa onde nos fundimos com os outros quando deixamos os jogos de domínio e controle e para a 7ª a das parcerias, o que procuramos nestas. Por vezes estas 3 áreas estão em tensão, indicador de que esta parte da vida da pessoa a irá obrigar a algum crescimento e desenvolvimento. Estas indicações provavelmente encontrarão eco pelas condições da Lua ou da Vénus ou de Marte, da 3ª Casa, etc. Quero dizer que estas análises não podem ser compartimentadas e dissociadas, há sempre um fio condutor, nós todos somos assim mas....
O sexo faz parte da vida de todos; a sua supressão está muitas vezes com uma não aceitação do próprio. A 5ª Casa faz uma quadratura natural com a 2ª Casa, portanto activando a dinâmica de nos darmos amorosamente e aqui todos sabemos como uns se dão mais facilmente do que outros, uns necessitam sentir-se em chão firme, outros necessitarão liberdade, outros protegem-se, enfim as nuances são muitas, o certo é que todos desejamos ser apreciados, o quanto a verificar na 11ª a Casa oposta. Esta forma dinâmica e individual de nos darmos está sempre condicionada pela auto-estima, ou seja o quanto e em que medida nos valorizamos e o quanto nos sentimos confortáveis na fusão com os outros onde seremos valorizados a 8ª Casa, oposta. Quando nos despimos e nos fundimos, há quem tenha dificuldade nesta partilha, optando por actuar, fingir, controlar e fazer de conta que... E se nos lembrarmos que o sexo se pensa e se aprende valerá a pena reflectir sobre as conotações que trazemos de infância acerca deste e o que apreendemos então, assuntos da 3ª Casa.

16 comentários:

MARCELO DALLA disse...

Esse artigo dá realmente muito o que pensar. Como equilibrar a energia sexual em nossa vida, sem exagero nem falta? Se você não tem um parceiro, como dominar o desejo e deixá-lo fluir ao mesmo tempo? Estas são grandes questões. Conhece algum livro sobre o assunto? bjo e luz

Ana Cristina disse...

Olá Marcelo, seja bem-vindo a esta casa :-). Perguntas pertinentes as suas, além de claro nos conhecermos bem para melhor usufruirmos. O 2nd caso não sei se dominar será a resposta, talvez ponderar porque se está sozinho? Livros Marcelo, deixo aqui alguns títulos:
Astrology of Intimacy, Sexuality & Relationships - Noel Tyl
The Social Animal Elliot Aronson
de Thomas Moore: The Soul of Sex e Soul Mates.

Se entretanto me ocorrem outros logo lhe digo. Eu também li todos dos Alberoni e penso que são pertinentes nisto dos relacionamentos.

Abraço e grata :-)

Unknown disse...

Ana Cristina

Sinto e penso dessa maneira. Também escrevi um pouco sobre o assunto há uns tempos.

Gostei muito do texto e peço para o colocar na Escola.

Também li os do Alberoni. Sobre as Soul Mate, bom, isso é muito complicado, para mim.


Abraço

Ana Cristina disse...

Obrigada António, e esteja à vontade :-)
Acerca das soul mate :-) quantas? onde? creio que é complicado para todos...uns admitem :-)ou estava a falar do livro?
Bom começo de semana.

Unknown disse...

Ana Cristina,

Estava a falar da vida e não do livro. Sobretudo estava a lembrar-me as muitas vezes que nas consultas me levantam essa questão. Imagine o que isso representa para um descrente em almas gémeas... :) Gostei das estrelinhas e já cliquei.

Ana Cristina disse...

ahah foi vc António, sabe onde as apanhei, na Rô :-). Sei que estava a falar da vida, se as pessoas acreditassem que se podem sentir gémeas por tempo limitado :-)...

MARCELO DALLA disse...

Obrigado pelas dicas!! lerei os livros sim. E me lembrei de outro livro que há tempos quero ler: The Liquid Light of Sex, de Barbara Hand Clow. Conhece? bjo

Ana Cristina disse...

Marcelo, não conheço não, dela só li o Quiron mas vou-me pôr em campo :-)
Obrigada e beijo.

princesaesquimo disse...

Muito bonito este texto Ana Cristina.

Beijinhos

Ana Cristina Corrêa Mendes disse...

Obrigada Sam :-)
Beijinho

Maria Paula Ribeiro disse...

Ana,

Que dá que pensar, dá!
No meu caso, eu sei que estas energias estão bloqueadas, por um passado longínquo...
Tem sido uma longa caminhada...
Obrigado!;)

PS: Agora vou continuar nos estudos,ali ao lado. ;)

Ana Cristina disse...

Maria Paula, começa-se sempre por algum lado :-) beijo.

Magda Moita disse...

Olá Ana Cristina!

Belíssimo post, e mesmo a calhar pois tenho andado a reflectir sobre este tema.

Um abraço,

Magda

PS: posso posta-lo no meu blog?
Devidamente identificado, claro!

Ana Cristina disse...

Oh Magda, estás à vontade e espero que tenha sido nutritivo :-) para as tuas reflexões... o tema é fascinante já que trás tanta coisa dos nosso instintos...

Abraço

astrovidas disse...

Ana Cristina, que belo artigo sobre um tema que ainda não está claro para muitas pessoas.

A Igreja, foi responsável por a maioria dos bloqueios sexuais que muitas pessoas têm actualmente, os padres assumirem a condição de Deuses, esqueceram-se que também são humanos encarnados na terra.

O amor e o sexo, são o casamento perfeito, a falta disso entra-se no campo das manipulações de poder.

O sexo pode ser bom ou muito mau, depende da meneira como as pessoas usam estas maravilhosa energia.

Abraço Grande

Ana Cristina disse...

Obrigada Rui, o meio onde nascemos, o sociocultural e o socioeconómico são condicionantes a ter em conta no desenvolvimento individual. :-) Abraço