Falar em Neptuno torna-se incontornável falar em sonho, escapismo, confusão e desilusão mas também em convicção, amor incondicional, criatividade
artística; onde começa um ou acaba o outro pode parecer uma linha ténue, entre o génio e o louco.
Quem como eu tem um Neptuno com um aspecto apertado a um planeta pessoal, cresceu e habituou-se a conviver com esta energia ou seja usando a mesma de uma forma natural e por vezes a seu bel-prazer.
Quero dizer conforme a dinâmica deste (Neptuno) no mapa pessoal bem como a de Saturno, aprende-se a conviver com este mundo próprio de uma forma pragmática, tudo aquilo que a energia Neptuniana não é. Já que esta pode dissolver a realidade do outro e o contrário Saturno acabar com o belo sonho Neptuniano.
Mesmo que este planeta da confusão e do sonho se encontre natalmente menos activo na carta natal e sem os referidos contactos, haverá alturas na vida que por transito ou arco solar vai cobrir a vida de cada um de nós com o seu manto, alturas em que parece que perdemos o contacto com a realidade, em que nos sentimos barcos à deriva, por muito que procuremos um porto de abrigo. Parece que o racional deixa de responder e que de repente estamos em estados alterados sem o uso de psicotrópicos.
Estas alturas tornam-se mais difíceis quando teimamos em criar âncoras àquela realidade que sempre chamámos de nossa, já que o período pode muito bem ser de dissolução, alturas em que os enganos se sucedem. Alturas em que a realidade, tal como a vimos até ali, parece sem sentido e a confusão toma conta. Ter consciência que vivemos estes momentos ajuda no sentido que perante decisões de fundo estamos acautelados para a penumbra que nos rodeia, para o clima de impreponderância, para que a realidade não se concretize tão depressa como gostariamos em determinados projectos. Alturas em que nos podemos sentir desiludidos com o mundo, profissional ou pessoal e por isso que é bem natural que um ou outro venham a sofrer alterações.
Já para o artista ou sensitivo o momento pode ser de ouro, o contacto com a essência da criação ali à mão, abraçar o lado o nosso lado artistico nem que seja a cozinhar ou a fazer aquilo que há anos nos trazia tanto prazer fazer mas que o dia-a-dia nos afastou e impediu de dar curso, poderá bem ser o único local de conforto e porto de abrigo.
Afinal Neptuno rege aquela Casa 12, onde estamos confinados à nossa essência, separados dos outros mas muito perto daquilo que nós somos.
6 comentários:
Ana Cristina
Grande início de ano com este belo artigo. A todos os níveis.
Aqui, com frio. Aí, no calor.
Abraço.
Muito obrigada amigo, um grande ano para si, Temos que marcar para um cafézinho para pôr a escrita em dia.
Abraço
Eu sei bem como é esse universo repleto de imagens e cores netunianas... minha lua faz trígono com Netuno. Ai ai... hehe.
Um bom começo de ana Ana Cristina!
Beijos
ahaha vê filmes de graça vc, Madame. Uma autoestrada para o cosmos :)
Bom ano para si também.
Ana Cristina:
Astrologicamente não sei explicar mas, com toda a certeza, por intuição sei que devo ter um Netuno bem atuante. Conheço bem o mundo da magia e dos sonhos. Existem momentos onde confundo a realidade com o sonho...ou o sonho com a realidade!!!
Lindo texto! Aliás com de costume!!!
Beijo grande.
Astrid Annabelle
P.S. adorei as fotos...
ui Astrid, estou a ver que precisa de uma âncora de vez em quando. Obrigada e beijo.
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