hidden side

acerca deste período da Vénus retrograda, quem não está a sentir? Onde está Vénus a passar nas vossas cartas? O que está a activar? Que planetas pessoais toca? Que perturba a vossa expressão amorosa?

De uma forma geral, a energia do momento é para que olhemos para os nossos afectos, para as profundezas, para o que está escondido e talvez não tão belo assim, mas nós também somos isso.

Rever afectos antigos, como nos demos e como recebemos, perceber aonde e como temos sido benevolentes, e porquê, perceber o que nos falta dar e receber. Ela a Vénus vem de Libra, onde a energia era concordata e diplomata, não fazer ondas e apaziguar, deixou lá Saturno (resoluções), este pode até parecer diplomata mas vai querer a verdade e organizar as coisas de uma vez para sempre. Agora em Escorpião, veste-se de drama e usa subterfúgios, tem que dominar, experimentar...

A Vénus, que até se pode sentir confundida no signo da transformação profunda até acordar a guerreira que esconde em si (como eu a imagino), quando o reino de Hades se confunde com o da superfície, este período é longo.

Se for uma época em que se sinta forçado(a) a usar estratégias que não lhe são características, mais do que atentar ao exercício em si, pondere sobre as razões, aceda ao hidden side da sua necessidade afectiva e perceba do que é capaz e até onde pode ir.
Pode ser que fique surpreso e aí, parabéns conheceu uma parte de si. Aqui é que o cosmos é inteligente, uma vez reconhecido esse lado, Saturno ajuda com a sua energia de disciplina e resiliência para que recomece e faça o que tem que ser feito.

Este período de testes, revisões, é conturbado, doloroso e violento. Marte também está em Escorpião, a lança do guerreiro em riste, fazer amor é como guerrear, tudo precisa de estratégia, basta que saibamos aonde queremos chegar, depois de termos aceite aquilo que somos.

O lado bom, é que estamos em transformação, é que procuramos o equilíbrio, é que queremos tudo, é que nos transmutamos. Esta transformação acontece ao nível emocional, não é à toa que Úrano e Júpiter se encontram num outro signo de Água.